Dados Históricos
1286 – Fundação da Vila de Miranda por D. Dinis. Carta de foro em 18 de Dezembro de 1286 a “nos Probadores da mha vila de Miranda”: a vila seria propriedade da coroa para sempre.
1286 – El-Rey Dom Dinis mandou construir a Igreja de Santa Maria Maior, primeira paroquial de Miranda do Douro.
1290 – Carta de 16 de Maio de 1290, D. Dinis, criou feira em Miranda, duas vezes por ano, 1 a 15 de Outubro e um mês depois da Páscoa. 1ª. medida para fixação de novos moradores.
1297 – Miranda recebeu D. Dinis, por ocasião da assinatura do tratado de Alcanices.
– D. Dinis encarregou dois monges do mosteiro de Alcobaça de iniciar as estruturas defensivas da vila, castelo e cerca, tornando-a no maior espaço amuralhado de Trás-os-Montes.
1404 – Em virtude da medida tomada anteriormente por D. Dinis (feira duas vezes por ano), para a fixação de novos moradores não estar a surtir efeito, D. João I teve de insistir na mesma politica, criando agora uma feira franca mensal.
1408 – Por carta de 15 de Maio de 1408, D. João I continua a queixar-se, sentindo, “como a nossa villa de Miranda he despovoada e esta em frontaria” … e por “mingua de gentes em a guerra” era invadida e tomada pelos inimigos, os Castelhanos.
D. João I, mesmo não contemplando mulheres sem marido, consegue que 60 homiziados se fixem em Miranda, a troco de regalias e liberdades diversas.
– D. Afonso V, reforça os privilégios a Miranda, criando feira todos os primeiros cinco dias de cada mês.
Criação de coutos homiziados – a coroa entendia perdoar certos crimes ou faltas, excepto, quase sempre por aleive, traição e morte. Foi assim que D. Fernando consegue atrair a Miranda duzentos homiziados, recebendo terras em sesmaria (determinava o cultivo das terras maninhas pelos seus proprietários ou a sua entrega ao Estado, que as distribuiria pelos desempregados).
– D. João II isenta de pagamento de sisa e de dízima os moradores do termo da Vila de Miranda, mas que viessem morar muros a dentro pelo menos durante seis meses.
1 de Junho de 1510 – D. Manuel I, outorgou foral a Miranda.
Por volta de 1540, Miranda torna-se comarca, uma das três em que foi dividida a província de Trás-os-Montes (as outras são Vila Real e Moncorvo).
Terra de Miranda, foi vila com extenso termo, abrangendo 25 aldeias; agora comarca, a seguir, em 1545 diocese e cidade.
Mais uma vez assume uma estranha força centrépeta capaz de gerar e gerir grandes espaços geográficos e humanos.
Por bula de 22 de Maio de 1545 – “Pro Excellenti Apostolicae Sedis” o papa Paulo III, a pedido do rei D. João III, cria a diocese de Miranda, com territórios desmenbrados da enorme diocese de Braga. 22 léguas de comprimento, 22 de largura, 338 fréguesias, cerca de 28.860 fogos e 72.752 almas.
10 de Julho de 1545 – D. João III eleva Miranda a cidade por querer “fazer graça e merce a dita villa de Miranda assy pelos ditos respeitos como per seus merecimentos e serviços que a mim e aos Reys meus antecessores tem feytoo…”
1547 – O primeiro Bispo de Miranda Dom Turíbio Lopes, começou a preocupar-se com a construção da Sé, pois a Igreja de Santa Maria era demasiado pequena.
D. João III mandou a Miranda o arquitecto Gonçalo de torralva.
1552 – É lançada a primeira pedra da obra da Sé.
1566 – O Altar-Mór foi sagrado pelo Bispo.
1582 – Em cabido, foi resolvido que se derrubasse a torre dos sinos da velha Igreja de Santa Maria Maior e se gastasse a pedra na obra da Sé.
1595 – A obra da Sé estava concluída, na parte de arquitectura.
1610 – Começa a ser executado o retábulo do Altar-Mór na oficina de Gragório Hernandez, em Valladolid. Este retábulo é considerado um dos melhores conjuntos esculturais de Portugal e mesmo da Península Ibérica.
1614 – É assente o retábulo do Altar-Mór. São também assentes as portas da entrada principal.
1633 – O retábulo foi pintado e dourado por artistas de Valladolid.
1650 – A partir desta data os Bispos começam a residir no Paço Episcopal.
1711 – A praça de Miranda foi recuperada por tropas Portuguesas. É nesta ocasião que surge a lenda do Menino Jesus da Cartolinha.
1716 – Obras de restauro completo nas paredes, tectos e telhados da Sé. Foram gastos 1.400.000 reis – 1 conto e quatrocentos escudos – 7 euros.
1736 – A capela de S. José foi trocada pela capela de S. Pedro, ficando esta à entrada do templo.
1749 – Foi decidido pelo Bispo de Miranda, mandar construir a nova Capela-Mór e foi lançada a primeira pedra. O retábilo foi apeado por motivos da construção da nova Capela-Mór.
1753 – O retábulo do Altar-Mór foi recolocado, sendo-lhe acrescentada a moldura de talha que tem em volta.
1754 – Terminou a obra da Capela-Mór, tendo sido benzida a 14 de Agosto.
1759 – A capela do Santíssimo Sacramento foi alargada.
1764 – O Bispo D. Frei Aleixo abandonou a Sé de Miranda levando para Bragança as mais ricas alfaias e paramentos riquíssimos e alguns sinos das torres. Entretanto mais dois Bispos ocuparam a cadeira episcopal de Miranda do Douro.
1780 – A Sé ficou abandonada e só com aquilo que os Bispos não puderam levar para Bragança.